sexta-feira, 30 de março de 2012

A BANALIZAÇÃO DO AMOR


Hoje em dia é muito comum ouvir pessoas dizendo “eu te amo”, muitas vezes mal se conhecem e repentinamente já estão falando em amor, esquecem que o amor é algo que se cativa, que se constrói com o cotidiano, esquecem que ele está além do falar e esquecem rapidamente que amor é algo que transcende a lógica e o racional.
Vivemos em um mundo imediatista, onde até o amor se tornou algo imediato, à jato; e da mesma maneira meteórica que ele chega, na maioria das vezes ele vai embora; esquece-se do que a palavra de Deus nos diz em I Coríntios 13:4-7 : O amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não trata com leviandade, não se ensoberbece. Não se porta com indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal; Não folga com a injustiça, mas folga com a verdade; Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.
Basta apenas que algo não saia da maneira que se espera ou que não corresponda mais ao que se esperava do outro; muitos estão dizendo: “eu te amo” ou “amo alguém”, apenas pela necessidade de se sentir quista por alguém, ou de mostrar a outros que não está só; esquecem que o amor ele é além de, e apesar de; confunde-o muitas vezes com as vãs paixões, que são avassaladoras e momentâneas, o amor verdadeiro não acaba, então porque continuamos a dizer de forma tão banal “eu te amo”? Hoje em dia essas palavras deixaram de ser a expressão de algo especial que sentimos por alguém, independente do tipo de amor (fraternal, ágape ou Eros), e passou a ser utilizada de maneira trivial assim como dizemos bom dia! Boa tarde! Esquecemos principalmente que amor é um dom de Deus e que este deve ser compartilhado de maneira verdadeira.
Não nos deixemos levar pelas aparências, nem muito menos pela banalidade, expressemos o amor como verdadeiramente ele é: algo além da lógica algo que transcende o nosso entendimento, o nosso querer.

Wises Albertina Chaves da Cunha

quarta-feira, 21 de março de 2012

O SILÊNCIO DE DEUS


Quando experimentamos o silêncio de alguém com quem estamos acostumados a nos relacionar, alguém muito chegado que sempre procuramos para conversar quando estamos passando por momentos difíceis, é porque algo aconteceu.
E quando oramos e não obtemos respostas nos questionamos: será que Deus pode ficar em silêncio??? E rápidamente chegamos a conclusão de que sim, Deus pode ficar em silêncio. Daí surge outro questionamento: o que esse silêncio de Deus quer nos dizer?
Muitas vezes nos prostramos diante d’Ele em oração, outras vezes já não conseguimos mais orar e derramamos a nossa vida em prantos em gemidos e Deus silencia sua voz, e muitas vezes esse silêncio de Deus dói, pois chegamos em um ponto em que seria muito melhor ouvir um sonoro não de Deus. Quando estamos passando pela provação é muito difícil entender o silenciar do Pai.
Sofremos, choramos, nos desesperamos, lutamos batalhas intermináveis e Deus continua em silêncio, você pergunta, e Deus em SILÊNCIO. O silêncio de Deus dói, machuca, muitas vezes nos fere. E voltamos a nos questionar: agora o que devemos fazer? Devemos entender que até no silêncio Deus trabalha, até em silêncio Ele move as águas para abençoar um filho seu, entender que devemos ter FÉ e acreditar que mesmo em silêncio Ele continua ao nosso lado, nos colocando no colo nos momentos mais difíceis e nos momentos em que acreditamos que ninguém pode agir em nosso favor só Ele pode agir.
Deixemos Deus trabalhar em nosso silêncio através do silêncio d’Ele; e então veremos o que acreditávamos ser um fracasso se transformar em vitória, tornar o que era perdido em achado e o derrotado em vitorioso.
Deus abençoe nossas vidas abundantemente e nos permita entender e aprender através do seu silêncio.
Wises Albertina Chaves da Cunha

quinta-feira, 15 de março de 2012

ALÉM DAS PALAVRAS


Nos últimos tempos tenho pensado e me questionado, como existem tantas pessoas ao nosso redor que estão precisando de ajuda, que estão escondendo atrás de um sorriso uma tristeza profunda, uma culpa, um temor e não encontram uma pessoa com a qual possa dividir esse sofrimento; na maioria das vezes em nossa correria do cotidiano não conseguimos perceber o que as pessoas estão tentando nos dizer além das palavras, pois, é sempre mais cômodo segurar-se no que as palavras estão nos dizendo e esquecemos que muitas coisas são ditas em um silêncio, em um olhar.
As vezes algo nos incomoda e passamos o dia pensando em ligar para alguém, em fazer uma visita à alguém e na maioria das vezes relutamos, nos questionamos qual o motivo desse pensamento tão repentino, na verdade pode não ser tão repentino, pode ser Deus inquietando você para ajudar outra pessoa, que está precisando de ajuda, mas não sabe a quem recorrer; outras vezes atentamos para isso, mas por outro lado ficamos a nos perguntar, por que eu, que não sou tão achegada a essa pessoa? que não tenho tanta experiência de vida? o que eu irei dizer???? ficamos com esse questionamento durante algum tempo e acabamos ligando pra pessoa e perguntando: como você está? está precisando de algo?
Mas na verdade, muitas vezes essa pessoa está precisando apenas de algumas pequenas coisas que todos nós temos a oferecer: dois ouvidos, um colo, um ombro e um abraço; coisas simples e que infelizmente nem todos estão dispostos a dividir com quem está precisando; pois para muitos é muito difícil deixar de ser a boca que fala para ser o ouvido que está pronto a ouvir.
Espero que possamos aprender a ouvir além das palavras. E que estejamos sempre prontos a ajudar.
Lembre-se sempre os atos são sempre mais importantes do que qualquer palavra que possa sair da nossa boca. ALÉM DAS PALAVRAS ATOS.

Wises Albertina Chaves da Cunha